Desconto em Troca de uma Informação Pessoal. Uma das formas comuns de atrair atenção de um cliente é por meio de descontos. Mas o que costuma estar envolvido? A loja recebe algo em troca? O que ela ganha ao tomar uma atitude como essa?
Continue acompanhando este artigo para saber detalhes sobre uma das possibilidades envolvendo o Desconto e os ganhos para a loja ao fazer isso.
Ao realizar uma compra, o fornecimento de uma informação pessoal no momento do pagamento não deve ser atrelado a um desconto desproporcional (que impeça o cliente de fazê-lo em caso de se recusar a passar o conteúdo solicitado) e nem inibir a conclusão e entrega do pedido.
Logo, os dados pessoais podem ser solicitados para a realização de cadastro com o objetivo de enviar promoções e descontos, mas desde que não sejam exagerados e impossibilitem a realização de uma compra caso a pessoa opte por não fornecer seus dados.
Por isso, é primordial que a loja aja com transparência ao exigir alguma informação pessoal, assim como deve explicar detalhadamente a finalidade, desde que se enquadre nas normas da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), e quem tem acesso após a sua livre e expressa autorização, e se limitar somente ao conteúdo necessário.
Caso essa não seja a realidade encontrada na loja em que se encontra ou tende a fazer compras, o ideal é evitar fornecer seus dados, pois, segundo a Lei em questão, todas as pessoas físicas e jurídicas que lidam com o tratamento de dados devem priorizar, basicamente, três pilares, sendo eles privacidade, transparência e proteção.
Lembrando que o tratamento de dados inclui todo o processo de coleta, processamento, armazenamento, compartilhamento e eliminação após a solicitação e confirmação de que se enquadra nos requisitos.
Além das justificativas primordiais envolvendo a necessidade de dados para oferecimento de serviços ou produtos, uma das motivações para uma loja trocar uma informação pessoal por desconto pode ser o desejo de entender o seu público-alvo e o tipo de consumo que mais lhe agrada para oferecer-lhes periodicamente e mais direcionado.
E tal ação é amparada pela LGPD, que preza pelo legítimo interesse e aborda que dados podem ser tratados desde que sejam oferecidos benefícios ao consumidor, como descontos e promoções vigentes, por exemplo.
Presencialmente, a pessoa não é obrigada a fornecer uma informação pessoal para fazer uma compra. Mas para que tenha a chance de receber um desconto, a loja tende a solicitar dados com o intuito de realizar o cadastro.
Em casos de produtos envolvendo a necessidade de comprovação da maioridade, isso não justifica a retenção de conteúdo sem a livre e expressa autorização, e a devida motivação e possibilidade de compartilhamento com terceiros, ou seja, sem explicar o tratamento relacionado aos seus dados pessoais.
Outro exemplo comum de solicitação de alguma informação pessoal é para o encaminhamento de newsletter envolvendo descontos, lançamentos, entre outros conteúdos relacionados ao tipo de loja em que se encontra.
Além disso, o ideal é que diante da necessidade de realmente identificar uma pessoa, que seja providenciada por meio de um documento pessoal, como número de CPF ou e-mail, em vez de solicitar a coleta de um dado sensível, como a biometria (digital ou facial), por exemplo, devendo-se restringir em casos realmente essenciais, envolvendo maior segurança e dupla autenticação.
E em casos de dúvidas, o recomendável é procurar os órgãos responsáveis ou mesmo a ajuda de um advogado ao sentir que seus direitos foram violados, já que um especialista no assunto está apto a analisar o seu caso, orientá-lo(a) e tomar as devidas medidas necessárias.